quinta-feira, fevereiro 19, 2009

A esquina da mente

Como buscar o invisível
E não se sentir vazio entre muitos
Quando a essência da sua alma
Não importa a ninguém?

Abrir os olhos entre mentiras
É como riscar palavras de fogo
E escrever em brasas
Com cinzas sujando as mãos
A poeira destrutiva da esperança

Não há onde voltar
Quando o caminho sempre indicou o trajeto de apenas uma sombra

O dia e a noite se misturam
No colapso da esperança
Mais um réquiem soturno, preterido, sem rumo, solitário, em um minuto sem sentido
Os olhos ardem perante a luz
E a escuridão os deixa úmidos
Irmão de honra, qual é o Grande Plano?

O que fazer quando cada passo é um abismo?
Como respirar em paz quando o ar é flamejante?
Dobrar a esquina da mente
É verificar como os olhos estão cansados e úmidos
E constatar que o Cego procura a chance que ele avista eternamente, mas nunca terá