quinta-feira, março 10, 2005

Carpe diem? (postado originalmente em 28/09/04, às 18:26)

Eu vejo a alegria na minha frente
Mas não enxergo nada além do escárnio
Que tenho com a minha própria alma
E que me consome todo dia

Eu tento não pensar no amanhã
Porque eu sei que ao confrontá-lo
Eu me certificarei de como ele será negro
Muito mais do que imagino

Eu tento me organizar
Colocar os pensamentos em ordem
Semelhantes à uma lógica espartana

Mas algumas coisas são impossíveis
Certos sentimentos
Fazem com que você
Perca o rumo
E consiga enxergar apenas a estrada da desilusão
Que você segue mesmo sabendo qual será o desfecho

Não tenho nada
Absolutamente nada
Isso é uma nódoa indelével
Que nunca me abandonará

E nada me faz pensar
Que isso vai mudar

O vento é gelado
Os olhos estão ardendo há muito tempo
A tristeza parece inexpugnável e perene

E a tempestade desumana da vida não cessa uma única vez