Carpe diem? (postado originalmente em 28/09/04, às 18:26)
Eu vejo a alegria na minha frente
Mas não enxergo nada além do escárnio
Que tenho com a minha própria alma
E que me consome todo dia
Eu tento não pensar no amanhã
Porque eu sei que ao confrontá-lo
Eu me certificarei de como ele será negro
Muito mais do que imagino
Eu tento me organizar
Colocar os pensamentos em ordem
Semelhantes à uma lógica espartana
Mas algumas coisas são impossíveis
Certos sentimentos
Fazem com que você
Perca o rumo
E consiga enxergar apenas a estrada da desilusão
Que você segue mesmo sabendo qual será o desfecho
Não tenho nada
Absolutamente nada
Isso é uma nódoa indelével
Que nunca me abandonará
E nada me faz pensar
Que isso vai mudar
O vento é gelado
Os olhos estão ardendo há muito tempo
A tristeza parece inexpugnável e perene
E a tempestade desumana da vida não cessa uma única vez
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