sábado, novembro 25, 2006

Sol vermelho

O sol vermelho ocupa a fronte da dúvida
A poeira cáustica está onipresente
Os olhos ardem
A garganta queima
É tão difícil caminhar quando não é possível respirar

Quente como o inferno, mas não estou lá ainda
Não sinto a minha alma sofrer a punição por ser inocente
Mas o sol vermelho continua a flamejar
E sozinho no deserto que criei para as minhas sombras, ele continua a sufocar-me

Vivendo no limite do devaneio
O sol vermelho é contundente no céu cor de chumbo
Sozinho na imensidão absoluta do nada
Observei hereges injustiçados desistirem da caminhada sob os acordes dos sinos do inferno