sexta-feira, junho 03, 2005

Cotidiano

Penso naquilo que eu nunca terei
Espero o que nunca vai chegar
Mortifico a ânsia
Que toma a forma de uma fênix imprudente
E ressuscita o que deveria estar esquecido
Há muito tempo

A minha tristeza é um segredo
Oculto minhas lágrimas até da escuridão
Não me importo com mais nada
Entreguei-me à melancolia
Sou refém das minhas idéias vagas

Meus medos são os pensamentos
Que tenho do futuro
Incerto
Agressivo
Desordenado

O pouco que necessito
É muito para mim
Continuo a vaguear
Pelo campo vazio que me tornei

Sou meu próprio inimigo
Minha sinceridade mostra o quanto sou vulnerável
E a saudade dos velhos tempos
Evidencia o quanto o futuro é complexo e amedrontador