sexta-feira, março 11, 2005

Continuava a sofrer. Mas fingia que estava tudo bem (postado originalmente em 17/10/04, às 2:23)

Prisioneiros
Do próprio pensamento

Sustentados pela inoperante bondade
Que não os deixam ficar em pé

E que os condenam
A morrerem jovens de coração e alma

Tire tudo e jogue fora
Apenas o que te importa

Guie-se pela luz
E talvez, talvez, consiga ir embora

O seu lugar predileto o espera
Lá, tudo era fácil e simples

Seus medos podiam caminhar ao seu lado
Sem preocupações

Existia o sol, sorrisos
Tudo era efusivamente calmo e bom

Nada tinha o aspecto mórbido
E parecia podre

Mas no lugar que está atualmente
Tudo é incrivelmente apaziguador e distante

O que faz com que você enxergue a verdade
E veja o quanto o seu interior é frágil e medíocre

E você pode gritar, gritar e gritar
Que ninguém se importará

Porque muitas caveiras já existem
E histórias como a sua contam em profusão

Dessa forma, você continuará sozinho
E com o coração aberto

Apenas querendo ir para casa
Mas cada vez mais sendo ferido

Ficando cada vez mais fraco
No canto gelado e ermo

Onde o mais comum
É o silêncio

Risadas sarcásticas
Torcem pela sua derrocada

Contudo, sempre dizem o inverso
E te abraçam

E sofrendo cada vez mais,
Você apenas quer ir para casa