sexta-feira, junho 24, 2005

Post-Scriptum (o nada)

Céu nebuloso
Campos destruídos
Erguer-se das ruínas
É mais simples
Do que livrar-se da culpa das atitudes que tomamos,
da negação de abandonarmos a covardia egocêntrica

Desorientado, é árduo o caminho
Quando se descobre
Que a verdade é uma grande mentira
A esperança nos olhos
Transforma-se em uma vaga lembrança lívida
Na gênese da alma

Instigado pela penumbra
A busca pelo nada traz somente
A dúvida impregnada no coração
Que atormenta o pensamento
Agora, o que existe não importa

Sentimentos oprimidos por todos os olhos
Morrem sozinhos
O grito de desespero
É apenas um suspiro de lamentação
No vento gélido que corta a vida