sábado, fevereiro 04, 2006

Chuva eterna

Tempo nublado nos olhos
Sombras de dias cinzas projetam-se no caminho
Dúvidas são cerceadas pela tempestade mesmo quando possui o poder de acreditar

Distâncias enormes entre si próprio
Separadas apenas por suas lágrimas
Eternas como a dor que o acompanha
Entender onde se encontra é a trilha para não esperar por nada

Ah sim, claro, todos te amam
Você nunca está sozinho
O vazio e a solidão estão ao seu lado
Estranho companheirismo ideal, ode das tristezas, vazio e desesperança
Chore de dor, deixe as lágrimas correrem
Mas não grite jamais

Caminhou na estrada da alucinação equilibrando-se na linha da sobriedade
Foi perseguido pelo próprio devaneio, que assistia a tudo serenamente no limiar dos pensamentos
Ao lado, o guardião que tinha a chave da sua mente fazia-se presente
E a chuva pesada, densa, sufocante, não cessava