sexta-feira, dezembro 16, 2005

(Sem título)

Conto mentiras estranhas a mim mesmo
Não olho para nada além do abismo introspectivo
Olhos fracos não se erguem mediante a realidade
Forte é aquele que a encara
Mas o que fazer quando a mesma me enfraquece?

Dor lancinante abstrata
Perco a noção do tempo
Sinto como se enxergasse o cotidiano repetidamente
Lembro de tudo que quero esquecer
E não tenho nas lembranças o que sempre sonhei
Qual a distância a trilhar na vida?
Quando o caminho a ser percorrido para se autoconhecer é invisível?

Sombras para se esconder
Andar facilmente na linha da reclusão
E desequilibrar-se nos anos vindouros
Quantas vezes sonhar e perder-se no devaneio?
Apenas para acordar e enfrentar a acachapante verdade?

Confusão e desesperança na injustiça dos meus pensamentos
Esquecer os problemas e a aflição
Seria como fingir que não existo
Exausto no meu labirinto solitário
Com a visão pesada de procurar a saída
Porque a avisto sempre e não tenho como chegar até ela
Apenas posso admirar e rondá-la, como um fantasma
E sem forças fiquei quando eu vi como se chega à felicidade