domingo, dezembro 10, 2006

Tratado das sombras

Nas ruínas de um sonho destruído
Escritos perdidos indicavam os erros do futuro
“Não caminhe no fogo da honra”, dizia o guardião da tempestade
Sozinho na gênese da destruição, percebi que o fim sempre foi a dúvida que nunca quis confrontar nos limites incertos da honestidade

Com a fronte preocupada
Febril pela esperança desacreditada
Procurei a luz efêmera
Em becos escuros da minha mente

“O limite das sombras é o início de tudo”, repetia a mim mesmo
Um exército solitário se forma contra todos os meus pesadelos
Na batalha, a minha vitória será a ruína das minhas crenças
Sou meu próprio inimigo e aliado ao mesmo tempo

Certo ou errado, nada importa quando o veredicto da alma já está definido
Ao destruir meus pensamentos, criei os algozes dos sentimentos que não posso ignorar
Como viver quando isso não é permitido?