sábado, setembro 15, 2007

Retorno ao trivial

Olhos cansados demais
A penumbra torna-se o reduto da exaustão
Mate ou morra
Combata fogo com fogo
Idéias errôneas traçadas pelo andarilho perdido
Extremamente exausto para esconder os sentimentos
Desprotegido nos dias sem fim

Mãe da misericórdia, a solidão é tão certa e vívida na minha alma
Que eu até posso sentir frio
Sem palavras para expressar o óbvio
A aurora solitária apenas termina com o solstício das lágrimas
A realidade torna-se contundente a cada momento
Da solidão a solidão em passos difíceis
Fazer o que é certo para encontrar a honra

Ser sincero com os próprios sentimentos
Por mais que a consciência indique a trilha da melancolia
Destruir-se por completo
Para reerguer-se das cinzas da desesperança

Uma tempestade se forma dentro de mim
Céu carregado indica tempos difíceis
O plano-mestre não existe
Nada tenho a fazer
Há muito tempo não enfrento a tormenta
Dessa vez, a hora chegou

Sozinho para encarar tudo que eu gostaria de ignorar eternamente
Não quero construir o muro novamente e isolar tudo aquilo que me faz sentir vivo e morto ao mesmo tempo