quarta-feira, setembro 14, 2005

Incidental

Qual o preço a se pagar
Quando o que se sente é incalculável
Feitos jamais relatados
Mostram a verdade
Que nunca foi conhecida
Palavras perdidas em dias soturnos

Realidade incompreensível
Porém aceita por todos
Hordas de fé caminham pela terra desolada
Guardiões do nada buscam o motivo perdido há muito tempo
A verdade só é válida para aqueles que sabem que o sofrimento pode ser o fim de tudo

Esquecer os valores da honra
Que o seguem pela vida afora
É assentir que você está acabado

Caminhando na própria escuridão
Traído pela própria sombra
Sozinho, não importa o destino
A salvação não é melhor do que a paz que nunca sente
Derrotado por um coração cego
Linha tênue da tristeza pende para o passado
A ordem é olhar para frente
Por mais que as lágrimas rememorem lembranças
E transformem-se em cicatrizes vindouras da felicidade anacrônica

Ir embora
Quando não existe um lar
Promessas exauridas
Ninguém que chore a falta
Para onde olhar
E enxergar a alma?

A dúvida angustiante reflete
Mãos escrevendo histórias
Que não reconhece
Anseio da compaixão
Bradado pelo acorde triste
De tempos estranhos