terça-feira, setembro 06, 2005

Sombras

Brumas incandescentes
Golpeiam dúvidas erguidas na luz da introspecção
O quão forte é o devaneio
Para eu lutar e voltar à realidade
Das chamas amorfas da verdade?

Quantas vezes a desilusão
É o motim dos desesperados
Que renegam a si próprios
E passam a viver de destroços
Em dias eternamente cinzentos?

Ninguém por perto no crepúsculo da esperança
Olhos cegos sonham com o horizonte
Dias que parecem noites
Noites que remetem ao precipício sem fim
Lágrimas são palavras abafadas pela melancolia do sorriso triste que não renega a esperança

Tempestades perenes acossam o norte sem rumo,
o destino solitário da imprecisão absoluta

Rascunhos taciturnos
Delimitam a fronte sombria da dúvida
Mas não expressam a busca pela luz