sexta-feira, outubro 12, 2007

O prólogo do mesmo

Matar a dor antes que a vida esmoreça
Esconder a alma dos sentimentos
Caminhar apenas com as palavras dos dias estranhos

Não sei quanto eu acredito em mim
A escuridão é extremamente nociva
Mas é pungente
E consigo enxergar tudo que não preciso imerso nela

Não preciso escutar o que tenho a dizer
Posso conversar comigo
E no fim, termino na trilha sem saída
Em muros erguidos pelos meus medos

As sombras aumentam e sei o quanto são gélidas
Por mais que eu tenha perdido até aqui
Não sinto medo da penumbra
Com ou sem escuridão, o caminho será solitário

O que adiantam palavras?
O que ajudam sentimentos?
Para que servem pensamentos?
Qual a utilidade do certo e errado?
Quando somente eu escutarei a minha dor?

Não perdi a minha fé
Tamanha dádiva está guardada em algum lugar obscuro dentro de mim
E por enquanto, não quero e nem mereço encontrá-la
Tempo de matar todos os meus devaneios
Momento de encarar cada segundo indefinido
E seguir com a fronte em busca da honra e desprovida dos sentimentos ilusórios

Ninguém pode me salvar
Não há respostas miraculosas
Muito menos anos vindouros de glórias prometidas
Dependo apenas de mim e naquilo que eu creio

“... E longe de tudo, caminhou em frente com os olhos vendados, ora perto do abismo, ora perto da trilha...”