domingo, outubro 21, 2007

O trato do vencido rumo ao incerto glorioso

Recluso em um lugar que apenas eu conheço
Mas que não consigo lembrar
Olho para aquilo que procuro e não sei o que é
E fico cada vez mais forte
Ao abrir as portas do caminho dos questionamentos

Sozinho brado o pelotão da honra
As promessas quebradas
Remetem às páginas em branco do livro que eu insisto em ler
Estou vendo pela janela da escuridão
A tempestade não se move
E eu ainda estou de pé

Não há nada mais que eu possa sentir
Apenas a fronte decepcionada anseia pela integridade
Eu não sei escrever as palavras traçadas
A solidão ergue o que sou
Eu olho além do que eu consigo enxergar
E os sentimentos não respeitam o limiar da realidade

Solitário, ocasiono a decepção da alma
Sempre a alma despedaçada
Ninguém chora por aqueles que ainda estão vivos
Mas da ruína das noites intermináveis
A destruição torna-se a purificação
E é tempo da honra caminhar e prevalecer
Endireitar-se ao lado da melancolia
E travar o novo embate dos dias