domingo, agosto 31, 2008

A Idade do abstrato

Velho homem que encontro no imenso vazio duvidoso
Onde meus medos se escondem de mim
Quantos anos a mais eu tenho do que a face que enxergo

Jovem mas tão exausto pelas décadas de interrogação absortas em noites caminhantes
Procurar pelo perdão quando não há nada para corrigir
Tentar ser absolvido antes de ser culpado
Entre as idas e vindas das palavras honradas pela decepção dos dias

Esta é a obra da culpa do inocente
Tudo está tão límpido e me sinto tão cego
O furacão da tormenta de fogo corre pelas minhas mãos
O velho homem ao meu lado taciturno observa
“O demônio apenas espera que você o ajude, ignorando aquilo que você não entende e venerando o que faz se sentir vivo e seguro de si.”

Entre a escuridão do que vejo
As sombras dos pensamentos
E a luz cinza das expectativas
Está a esperança ainda não acreditada de algo

quinta-feira, agosto 21, 2008

Ostracismo do cotidiano

O mundo é uma pequena cidade
Onde as pessoas se enforcam
Com esperanças exasperadas
Retiradas dos escombros de devaneios utópicos

As sombras realmente importam?
Quando a escuridão está latente nos olhos?
Nada tenho a dizer
O silêncio já escreve todas as minhas palavras

Quando ocorre a falta do senso de Justiça, você passa a se conduzir por suas diretrizes e delimitação de caráter, e isso mostra como o mundo e as pessoas se parecem muito mais com a navalha de uma faca.