domingo, abril 12, 2009

A noite

Na noite absorta pelo abstrato
Pesadelos e devaneios sorrateiros
Misturam-se à realidade descomunal de olhos doloridos
Só para enfrentar o invisível
Os medos tomam forma em cada pensamento arrefecido nas sombras da mente

O sozinho é a própria salvação dele em cada imagem confusa febril
Momentos em que a escuridão é Única e o Único torna-se o Andarilho de destinos inexistentes
Medo torna-se realidade e a realidade é o fogo gélido da incerteza
Confronto em que o adversário não tem forma e aparece nos temores mais lancinantes

Homem na escuridão da alma
Febril e cuja única proteção é si mesmo
Dias flamejantes somam-se a uma única noite
O que fazer quando não há como evitar a dor solitária?