domingo, março 08, 2009

Entre os meus silêncios

E os sonhos alquebrados pela vida se perdem na tempestade
A tormenta reflete as perguntas que sempre pedem mais
Enquanto a alma nada deseja para tentar enxergar a verdadeira luz
Quanto eu vejo de mim em cada beco escuro dos meus olhos?
Um mendigo da esperança pode pedir ajuda ao irmão?
Outro lugar nada mais é que mais um trajeto da infinita busca do invisível

O quanto eu vejo em mim se perdendo nos erros do cotidiano?
O quanto estou morrendo nas minhas palavras e sentimentos?
O quanto eu consigo enxergar a minha alma em dias tão sujos?
Como observar a mim levando mais um golpe e ficando sem ar no campo dos desonrados?
Como olhar o passado quando o presente são ensinamentos nas sombras
E o futuro é um sorriso exausto
Limpando as lágrimas de mais uma aspiração ludibriada?

Nas terras difíceis para aqueles que apenas não querem ser odiados
Em que a solidão é uma noite eterna dentro do quotidiano de tempos imemoriais
Cada dor é uma sentença vinda não por merecimento
Mas oriunda da fé cega de se importar
Intrínseca ao sangue e à alma que não aprendem a enxergar atrás dos olhos dissimulados