terça-feira, fevereiro 24, 2009

Dos dias reais

Dias escuros
Noites perenes
A solidão é tão certa
Quanto o gelo que sinto na alma
O gelo flamejante, que corta esperanças sinceras

Entre caminhos incertos, mais um beco é erguido na mente cansada
Enxergar a luz na penumbra é a ilusão de dias fugazes na paz
Tempos difíceis amparados no devaneio dos justos enganados
Qual a relevância dos sentimentos honestos e honrados?
Quando tudo é o espelho do amálgama do inferno?

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

A esquina da mente

Como buscar o invisível
E não se sentir vazio entre muitos
Quando a essência da sua alma
Não importa a ninguém?

Abrir os olhos entre mentiras
É como riscar palavras de fogo
E escrever em brasas
Com cinzas sujando as mãos
A poeira destrutiva da esperança

Não há onde voltar
Quando o caminho sempre indicou o trajeto de apenas uma sombra

O dia e a noite se misturam
No colapso da esperança
Mais um réquiem soturno, preterido, sem rumo, solitário, em um minuto sem sentido
Os olhos ardem perante a luz
E a escuridão os deixa úmidos
Irmão de honra, qual é o Grande Plano?

O que fazer quando cada passo é um abismo?
Como respirar em paz quando o ar é flamejante?
Dobrar a esquina da mente
É verificar como os olhos estão cansados e úmidos
E constatar que o Cego procura a chance que ele avista eternamente, mas nunca terá

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Intervalos

E no caminho percorrido por tantos lado a lado
Um executa a trilha apenas com a sombra como testemunha
Não existe distância quando você transparece que é indestrutível
Mas o que fazer quando a fraqueza está nas próprias mãos?
Lágrimas queimam olhos cansados de enxergar a escuridão nos momentos mais claros

A profusão do dia é o livro da premissa dos erros
E como um ourives da destruição
Seguir a honra é o suicídio do aceitável
É a homenagem póstuma à solidão vindoura

O mar flamejante ilumina a bruma cinza
E apesar do incêndio, o frio é glacial
Não há tempo para o pranto do justo
Ninguém escutará, nem mesmo ele

Cada dia em que a escuridão é mais pungente
E os meus olhos preterem a luz
O ar é como fogo
Que me deixa em cinzas por dentro

E mais distante eu me sinto